terça-feira, 2 de outubro de 2007

Neura n° 38 - Inteligência


Eu não sou assim, exigente. Será que o que eu peço é tanto? Ou será que o nível por aí é que anda muito baixo?Não faço muita questão de beleza. Deus e ah, qualquer um que conheça um pouco do meu curriculum sabe que eu já fui caridoso, já namorei gente feia. Beleza, então, não é prioritário, considere-se essa característica como uma qualidade eletiva... desejável, mas não eliminatória.Já que estamos viajando por aqui, então não vou eliminar, mas vou conceder muitos, muitos pontos a um rostinho bonito, ok?Prioritário é inteligência. Não qualquer tipo de inteligência. Nada de inteligência arrogante, nada de nerds, nada de fanáticos por trabalho e/ ou por dinheiro. Nada da inteligência de quem se acaba em livros técnicos mas nunca, nunca leu nem uma cronicazinha do Veríssimo, pelo menos. Ou acha que leu, porque recebeu uma daquelas crônicas fake, por e-mail. Nada de quem é incapaz de entender ironia, sarcasmo, de quem não ri de uma piada de humor negro, simplesmente porque não entende. Nada de quem é formado, pós-graduado e certificado, mas assiste à novela das oito. Fora, todos vocês. Mas, ainda assim, concedo: antes vocês do que os burros como uma porta.Com o termo "burro", não quero simplesmente dizer sem cultura. Tem muita gente inculta por aí que dá um banho de inteligência e raciocínio em muito diplomado e rato de biblioteca. Mesmo assim, não aceito português errado. Mais ainda, prefiro o português errado a um texto impecável, mas carente de idéias. Os dois defeitos juntos, então, nem pensar.Por burro, também classifico todos os pseudo-cultos. Aqueles que fazem um charme, "adoro cinema", mas nunca assistiu a nenhum clássico, não sabe o nome de nenhum diretor, despreza o cinema nacional porque é as produções são "pobrezinhas" e assiste a qualquer porcaria hollywoodiana que entre em cartaz. Daquelas picadinhas, mastigadinhas, basta que a criatura sente e grude os seus olhos na tela para digerir. Não é preciso pensar, já que dói. Também, na maioria das vezes, não há mensagem nenhuma ali a se digerir.Inteligência desprovida de sensibilidade, de nada vale. Não quero alguém cego de ambição, ou fechado em uma redoma de vidro. Não quero alguém incapaz de se importar com os outros, que não sofra ao ver o sofrimento dos outros, pessoas nas ruas, por exemplo. Não quero alguém que pense que tudo isso não é problema seu.Ambição é bacana, querer conforto, querer ter uma vida legal. Quem já nasce com a vida ganha perde pontos, não chama a minha atenção em nada. Quem quer mais do que precisa, muito menos. Quem planeja perder a vida toda, sim, perder toda uma vida, todos os amanheceres e alvoresceres, todas as paisagens, todos os banhos de chuva, todos os momentos mágicos possíveis em troca do prazer mesquinho de acumular cifras em uma conta bancária, me enoja.Arrisco dizer que, mais importante ainda, é que o tal cara não seja um cagão. Que não tenha medo da vida, de arriscar, de sentir e de viver. Que tenha vida correndo nas veias. Que tenha sempre uma criança na alma. Que tope aventuras. Que queira viver em um grito, e não viver como tanta gente por aí, sussurando, quase mudos.Quero demais?

Não vou contar nada sobre onde achei isto......mas se encaixou perfeitamente!!!!

Trilha do post: Antonhy and the johnsons
"Free at last"

Um comentário:

Anônimo disse...

como assim jah namorou gente feia???

ai Deus... ser� q foi pra mim???
rsrs

ADOREI o post e quero saber da onde � o texto!!!
kkkkkk

=***